Delegação brasileira brilha com ouro de Ana Carolina Moura e conquista importante preparação rumo ao Mundial de novembro e ao ciclo paralímpico de Los Angeles 2028.
O taekwondo paralímpico brasileiro encerrou sua participação no President’s Cup, realizado em Taiwan, com um desempenho de destaque: foram quatro medalhas conquistadas, todas por mulheres, consolidando o país como uma das potências emergentes da modalidade no cenário internacional.
O grande destaque da campanha foi a mineira Ana Carolina Moura, campeã paralímpica em Paris 2024, que reafirmou sua supremacia ao conquistar o ouro na categoria até 65 quilos. Nesta sexta-feira (25), no último dia da competição, Carol reeditou a histórica final dos Jogos de Paris, enfrentando novamente a francesa Djelika Diallo. Em mais uma apresentação sólida, a brasileira saiu vitoriosa, assegurando o primeiro título do novo ciclo paralímpico, que mira Los Angeles 2028.
Trajetória de Ana Carolina Moura
Natural de Belo Horizonte, Ana Carolina Moura é um dos principais nomes do taekwondo paralímpico nacional. Sua carreira é marcada por uma rápida ascensão: após iniciar no esporte como forma de reabilitação, Carol mostrou talento excepcional e conquistou vaga na seleção brasileira. Em Paris 2024, sua vitória histórica trouxe reconhecimento não apenas pela conquista, mas também pela maneira dominante como venceu suas lutas.
Com o ouro conquistado em Taiwan, Carol inicia com força total a preparação para Los Angeles 2028, reforçando sua posição de liderança no time brasileiro e inspirando uma nova geração de atletas paralímpicos.
Outras medalhistas brasileiras
Além do ouro de Ana Carolina Moura, o Brasil garantiu outras três medalhas na competição:
- Débora Menezes: A paulista chegou à final da categoria até 65 kg após vencer a turca Melis Turk na semifinal. Na decisão pelo ouro, foi superada pela mexicana Fernanda Vargas, ficando com a medalha de prata.
- Silvana Fernandes: Representante de Pernambuco, Silvana repetiu o bom desempenho dos Jogos de Paris, onde conquistou o bronze. Em Taiwan, chegou à final após vencer a compatriota Maria Eduarda Stumpf, mas acabou derrotada pela chinesa Yuije Li, ficando com a prata.
- Maria Eduarda Stumpf: A jovem atleta garantiu o bronze ao chegar à semifinal. Sem disputa de terceiro lugar no torneio, a medalha foi automaticamente assegurada.
A equipe brasileira mostrou grande consistência, com atletas alcançando semifinais e finais em categorias muito disputadas.
Evolução do Taekwondo Paralímpico no Brasil
O taekwondo paralímpico brasileiro vive uma fase de crescimento expressivo. A modalidade foi incluída nos Jogos Paralímpicos apenas em Tóquio 2020, e desde então o Brasil tem investido em centros de treinamento especializados, programas de detecção de talentos e parcerias internacionais.
O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) desempenha papel fundamental no fomento do esporte, oferecendo suporte técnico, financeiro e logístico aos atletas. Com base nesse trabalho, o país figura entre os protagonistas nas Américas e projeta crescimento contínuo até Los Angeles 2028.
O President’s Cup em Taiwan serviu também como preparação para o Campeonato Mundial de Taekwondo Paralímpico, que será realizado em novembro deste ano, e como termômetro para os próximos desafios do ciclo paralímpico.
Participação brasileira em Taiwan
A delegação brasileira contou com oito atletas em Taiwan: Ana Carolina Moura, Débora Menezes, Silvana Fernandes, Maria Eduarda Stumpf, Gustavo Antony Ruppel, Fabricio Marques, Joel Gomes e Claro Lopes.
Mesmo os atletas que não chegaram ao pódio ganharam experiência internacional fundamental para sua evolução, enfrentando adversários de alto nível e diferentes estilos de luta.
O desempenho do Brasil no President’s Cup reforça a importância do investimento no parataekwondo e sinaliza que os próximos anos serão promissores. O talento, a dedicação e a superação dos atletas paralímpicos seguem colocando o país no mapa das grandes potências do esporte adaptado.